Este será um espaço de partilha e de encontro dos Jovens do Arciprestado de Vieira do Minho. Participa com os teus comentários, testemunhos e outros contributos que aches úteis.

Segunda-feira, 23 de Outubro de 2006
Vocação
 Jo. 10 2-4, 14
 
Aquele que entra pela porta, é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas ouvem a sua voz; e chama pelo seu nome as ovelhas, e leva-as para fora. E depois de fazer sair todas as ovelhas, vai diante delas e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz… Eu sou o bom pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me.
 
Todos os anos, a leitura do evangelho do quarto Domingo Pascal é a parábola do Bom Pastor. Não foi concerteza por acaso que este dia, também chamado Domingo do Bom Pastor foi declarado por Paulo VI Dia Mundial de oração pelas vocações.
 
É que nesta imagem linda do pastor, que conhece as suas ovelhas e as chama pelo nome, vai toda a verdade sobre a vocação. Deus, que nos conhece melhor do que a nós próprios, chama-nos pelo nome e faz-nos um convite pessoal. A todos. Se ouvirmos a sua voz e aceitarmos segui-lo preencheremos o lugar certo, que Deus nos reservou desde sempre. É isso a vocação.
 
A vocação acontece na vida de toda a gente. O chamamento é diferente para cada um, mas Deus não chama só aqueles que quer para Padres ou Freiras. Chama também muitos à vida de casados e ainda muitos à vida de leigos consagrados no mundo. Quer isto dizer que, para fazer a escolha certa, é sempre preciso ouvir Deus.
 
Mas não é fácil ouvi-lo. “Deus fala baixinho”, e para descobrir o que ele nos quer dizer, precisamos de nos dispor a isso com verdade e com empenho autêntico. Isto é, dispormo-nos a aceitar a vontade de Deus, ainda que ela contrarie os nossos planos. É antes de mais, uma atitude de Fé e confiança em Deus. Precisamos de estar atentos, de aprender a ler nos acontecimentos da nossa vida, de perceber a linguagem de Deus.
 
Tudo isto se consegue sobretudo através da oração confiante, persistente e assídua. Deus ouve-nos sempre e, se pedirmos com fé, Ele nos ajudará a ouvi-lo também.
 
Rom. 10, 13-15
 
“…pois todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditaram? E como hão-de acreditar n’Aquele que não ouviram? E como ouvirão se ninguém lhes prega? E como pregarão se não foram enviados? – Conforme está escrito: «que formosos são os pés dos que anunciam boas novas»”.
 
Se é verdade que podemos falar de vocação para caminhos de Deus muito diferentes, o que é certo é que esta palavra se refere mais frequentemente às vocações de consagração. A grande importância destas vocações para a vida da igreja pede-nos uma reflexão mais demorada.
 
A vocação consagrada é, antes de mais, um acto de Fé. “Ninguém de facto, se põe a seguir um estranho, ninguém oferece a sua vida por um desconhecido”. “Toda a vocação verdadeira nasce da Fé, vive da Fé e persevera com a Fé: uma Fé sentida e vivida quotidianamente, com simplicidade e generosidade de espírito e em confiança e amizade com o Senhor”.
 
A vocação consagrada é sobretudo um acto de Amor. Pegar na própria existência e entregá-la inteira a Cristo; Fazer de Deus o único e grande Amor de toda uma vida; preferir Jesus a tudo e a todos; trocar todos os valores humanos – amor humano, realização profissional, êxito, riqueza – por uma dedicação exclusiva ao reino de Deus; tudo isto só se faz com a força de um Amor grande, fiel e verdadeiro.
 
A vocação consagrada é também um acto de sacrifício. “Sacrifício logo a partir da primeira e séria atitude de procura, que já exige certas renúncias. Sacrifício depois no momento de tomar uma decisão consciente das consequências que daí se derivam. Sacrifício ainda na longa caminhada da necessária preparação. Sacrifício enfim, para o resto da vida uma vez que a inteira existência não será outra coisa senão a actuação coerente de uma vocação, dada por Deus, sim, mas livre e inteiramente aceita e vivida”.
 
É, na realidade um caso especial de radicalidade, de generosidade, de coragem, de confiança. A vocação de consagração é “um caso de Amor” muito sério.
 
Rezemos pelos consagrados, rezemos por todos os chamados e pedindo a Deus que nos faça fieis ouçamos o apelo de Paulo VI.
 
“… A vós, rapazes e raparigas que tendes Fé, queremos repetir as palavras da parábola: «porque estais sem fazer nada?» (Mt. 20, 6). Hoje, não há necessidade de palavras mas de obras. Não veleidades, mas generosidades concretas pagas com o Dom da própria pessoa. Não contestações estéreis mas um sacrifício pessoal que pelo empenhamento directo, transforme o mundo corrompido. (…)
 
Ouvi a voz humilde e penetrante de Cristo, que diz, hoje, com ontem, mais do que ontem: «Vem»”
 
 
Questões
 
. Dou lugar a Deus quando planeio o meu futuro?
. Já alguma vez pensei a sério na minha vocação?
. Rezo com frequência pela realização da minha vocação e estou disposto(a) a aceitar a vontade de Deus, seja ela qual for?
. Tenho respeito e acredito no valor das vocações consagradas?
. Rezo para que Deus dê mais vocações de consagração à sua igreja?
 

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publicado por Padre às 03:34
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Virtudes Humanas
 
Meditação: (busca interior, mobilização do pensamento, da imaginação, da emoção e do desejo)
 
            Meus irmãos: Vivei de maneira digna do Evangelho de Cristo para que, quer vá Ter convosco quer continue ausente, oiça dizer de vós que permaneceis firmes no mesmo espírito, combatendo juntos e numa só alma pela fé do Evangelho, sem vos deixar atemorizar em nada pelos adversários: o que é para eles sinal de perdição é para vós sinal de salvação, e isto vem de Deus, que vos concedeu a graça, não só de acreditares em Cristo mas também de sofrerdes por Ele, travando o mesmo combate que me vistes sustentar e, como ouvis dizer, sustento ainda.
 Portanto, se há em Cristo alguma consolação, algum conforto na caridade, se existe alguma participação nos dons do Espírito Santo, alguns sentimentos de ternura e misericórdia, então completai a minha alegria, tendo entre vós os mesmos sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração.
 Não façais nada por rivalidade, nem por vanglória; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós, sem olhar cada um aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus.
                                                                                                       Fil 1,27-2,5
           
 
Eco: (repetição de frases de leitura e “ponte” para a nossa vida, oração espontânea)
 
 
Partilha: (momento essencial em que cada um, numa atitude de confiança, põe em comum a sua vida pessoal e reflete sobre a sua própria evolução espiritual)
 
Tema: (estudo e discussão de um tema para conseguir uma fé adulta e afirmar uma identidade cristã)
 
Se a mangueira de rega do teu jardim está furada em muitos sítios, a água escapar-se-á dela abundantemente e muito pouca te restará para regares as tuas plantas.
Se possuíres um potente automóvel dotado de cinco velocidades, mas, habitualmente, andas nele utilizando apenas a primeira, pouco avançarás e o teu motor acabará por gripar.
É, enfim, por essa razão que, às vezes, te inquietas, pois, dizes que «estás deprimido». Não deves espantar-te. A vida que tens para viver permanece a mesma, enquanto as forças que restam à tua disposição diminuem. Recorres então às tuas reservas. Pedes aos teus nervos o influxo vital que te falta. «Dopas-te» com todos os meios possíveis, e talvez artificialmente. Atenção! Se metes demasiada pressão, virá a depressão.
 
Perseverança
«A verdade é que não é preciso ser nenhum herói – confessas-me –   para, sem excentricidades nem hipocrisias, saber isolar-se quando for necessário, segundo os casos..., e perseverar». E acrescentas: «Desde que cumpra as normas que me deu, não me preocupam as intrigas e complicações do ambiente; o que me assustaria era Ter medo dessas insignificâncias» - Magnífico.
Carácter
Que a tua vida não seja uma vida estéril. Sê útil. Deixa rasto. Ilumina, com o resplendor da tua fé e do teu amor. Sê sereno...Por que te zangas, se zangando-te ofendes a Deus, incomodas os outros, passas tu mesmo um mau bocado... e por fim tens de te acalmar?
Fortaleza
Justiça
Temperança
Prudência
Ao lado da prudência, os moralistas evocam outros dinamismos que ajudam a agir bem, eficazmente e com alegria, nas grandes ocasiões da vida: a justiça que ajuda a dar a cada um o que lhe é devido, a temperança que ajuda a usar com sã moderação dos bens e dos prazeres da vida, e a fortaleza que ajuda a enfrentar as dificuldades e as provações da vida. Como todas as realidades morais, estas virtudes exigem ser exercitadas sob pena de se atrofiarem.
Ciência
Veracidade
Àquele que puder ser sábio, não lhe perdoamos que o não seja. Estuda.-Estuda com empenho.- Se tens de ser sal e luz, necessitas de ciência, de idoneidade. Ou julgas que, por seres cábula e comodista, hás-de receber ciência infusa?
O homem não tem fome apenas de pão e de liberdade; tem também fome de verdade. A inteligência do homem renegar-se-ia a si mesma se não buscasse a verdade, como se renega ao contentar-se com a boa fé e a sinceridade e não acolhendo o que Deus disse mediante a Revelação, os homens e acontecimentos.
Audácia
Serviço
Quando tiveres terminado o teu trabalho, faz o do teu irmão, ajudando-o, por Cristo, com tal delicadeza e naturalidade, que nem mesmo o favorecido repare que estás a fazer mais do que em justiça deves. Isso sim é fina virtude de filho de Deus.
Humildade
Não queiras ser como aquele catavento dourado do grande edificio; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra. Oxalá sejas sempre como um velho silhar oculto nos alicereces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa.
Maturidade
Gravidade. Deixa esses meneios e caretas de menino ou de garoto. Que o teu porte exterior seja o reflexo da paz e da ordem do teu espírito
 
Mas és, igualmente capaz de retroceder em humanização, em personalização, em divinização, e , em caso extremo, em certos momentos, és mesmo capaz de te reanimalizares sozinho ou em grupo, ou em sociedade.
És livre. Cabe-te a ti escolher em que sentido desejas contruir-te e o que vais decidir para tentares consegui-lo.
É cristão Ter esse sentido da profundidade da presença de Deus em todas as coisas, mas para além de todas as coisas. O olhar do homem impregenado de fé vai longe. Ele vê o que os outros não vêem.
 
Ponto de esforço: (vontade de manter presente ao longo do mês o espírito da reunião e de afirmar numa acção concreta pessoal e em equipa a vontade de viver mais intensamente a própria fé)
 
Oração: (união com Cristo junto daqueles que se reunem em Seu nome)
 
 
Tomai Senhor e recebei, toda a minha liberdade,
A minha memória e todo o meu entendimento,
Toda a minha vontade e tudo o que eu possuo,
Vós mo deste a vós o restituo.
Tudo é vosso, disponde, segundo a vossa vontade
Daí-me apenas Senhor o Vosso Amor e Graça
Que isso me basta.

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publicado por Padre às 03:27
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Vocação – Caminho de Felicidade
I
 
Chamados a ser felizes...
 
Chamados à vida, todos somos também chamados à felicidade. E porque não somos obra do ocaso, todos, sem excepção procuramos, mais ou menos activamente e de diversas formas o caminho que nos conduza ao encontro desse difícil e ansiado projecto – Ser Feliz.
 
Na verdade, o ser humano foi criado para isso mesmo, tenha disso consciência ou não.
A verdadeira felicidade dilata o coração, favorece o bem estar bio-psico e social, contudo não existe nenhuma formula mágica ou matemática para a obter; trata-se de uma construção que exige esforço, luta, coerência, entrega e discernimento constantes.
 
Como todas as construções de grande valor, implica cuidados de “manutenção” e sobretudo um cuidado trabalho interior para a potenciar e desenvolver, fazendo crescer ao máximo capacidades e aptidões que postas ao serviço dos outros contribuem para o seu crescimento.
 
Nascidos para a felicidade confrontamo-nos muitas vezes com a questão: que fazer com a própria vida? Para onde orienta-la? Que caminho seguir?
 
Estas questões servem como pano de fundo numa busca de sentido que persiste sempre no coração de cada um, numa sede insaciável de Absoluto e de significado.
 
1.      Mas... em que consiste a felicidade?
 
Não é certamente fácil defini-la, nem isso é sequer importante, mais que uma definição a felicidade é vivência, conquista, processo inacabado, aposta num ideal de vida, ao qual se segue com confiança e firmeza. Tal processo implica abertura às diversas oportunidades que a vida oferece e sobretudo que Deus concede para que o homem realize plenamente a sua vocação ao amor!
 
Descobrir o caminho que torna possível e efectivo este projecto é de crucial importância para todo o ser humano que busca um sentido para a sua vida!
 
Trata-se perceber a que ideal se é chamado e responder de forma pessoal e livre. O que exige esforço e uma série de opções que forçosamente colocam de lado outras. Por isso é importante reflectir, escolher, seleccionar, preferir e lutar pelo ideal escolhido.
 
Para isso é indispensável conhecer-se a si mesmo (energias e tendências, riquezas e pobrezas, os diferentes elementos da própria personalidade) bem como os diversos tipos de serviço da sociedade, contando também com a ajuda de alguém mais experiente, a fim de se proceder a uma opção fundamental de encontro à felicidade.
 
Deste dinamismo de descoberta e adesão, nasce a vocação que se insere num projecto radical de salvação do homem inteiro, isto é em todas as suas dimensões: bio-psico-sociais e espirituais; ou seja numa questão que dá sentido a todas as facetas do existir histórico e singular de cada um.
 
A vocação entendida como realização pessoal, como plenitude humana e qualidade de vida é também chamamento de Deus a um encontro pleno com Ele numa experiência de amor que enche a pessoa de gozo e de alegria.
 
Mais que chamamento a fazer coisas ou a realizar determinadas tarefas, a vocação é sobretudo chamamento a realizar-se no ser e no viver.
 
 
2. Sugestão de dinâmicas:
 
2.1 Canção de João Pedro Pais: Estou a aprender a ser feliz
 
            Discussão sobre o conteúdo da canção: Felicidade, caminho de aprendizagem? Como? Em que sentido? Com que finalidade? Que obstáculos encontras?
 
 
2.2 As três equipes...
 
Imagina três equipas de jovens para escalar uma alta montanha, a mais alta da Europa. A primeira equipa parte, de manhã cedo, em direcção ao Monte Branco. Em seguida, sai a segunda e, finalmente, sai a terceira equipa.
            A primeira equipa, ao chegar ao sopé do monte e ao ver como era alto, nem sequer tentou subir. Optou por se sentar na relva, por ali abundante, passar o tempo e o dia a jogar e a divertir-se, naquele local para piqueniques. Comida a merenda, os membros daquela equipa voltaram, em paz, para as suas casas.
            A segunda equipa apareceu e viu os elementos da primeira equipa a jogar e a divertir-se, na base do dito monte. Começou a subido, mas o suor e as dificuldades apareceram logo em seguida.
            Mais ou menos a metade do monte, sentaram-se, descansaram, comeram o lanche abundante e voltaram para trás, pois as dificuldades aumentariam e já não teriam forças para continuar a escalada.
            Finalmente, chegou a terceira equipa. Saudou os colegas, já reconfortados com a merenda comida. Não se deixou desiludir por eles e pelo seu exemplo de fracos alpinistas. Subiu. Continuou a subir, sem desanimar diante das dificuldades do clima, do sangue nas mãos e nos pés e do suor, a cair da fronte. Até os víveres vieram a faltar e as energias também!
            Pensou-se até em regressar , antes de chegar ao cume, coberto de neve. Mas, em todos os elementos daquela equipa, havia grande uma grande força e união para superar as dificuldades e continuar a subida.
            Depois de longas horas de luta e duro sacrifício, ei-los orgulhosos, sentados no cimo do monte, a contemplar um panorama imenso, atraente e variado, a respirar aquele ar finíssimo e puríssimo. Sorte maravilhosa que os dois outros grupos tiveram, porque se acomodaram e não lutaram! Todos afirmavam, cheios de alegria: “Mereceu bem a pena!”
 
 
Jorge Manuel Santos Gouveia, “Jovens para o novo milénio”, p. 118, 119
 
 
Para discussão em grupo:
 
1.      Que aspectos sublinhas neste texto?
2.      Que “ingredientes” consideras importantes na construção de um a caminho de felicidade
3.      Estás disposto a lutar por isso?
 
 
II
 
 
3        Projecto de felicidade – convite a ser mais
 
Este projecto é no plano da fé um convite a ser mais e a viver segundo a vontade de Deus (Is. 49, 6-7) para ser presença viva do Seu amor e predilecção para com cada homem. Discernir e “acolher este projecto é pois, ser feliz e plenamente realizado, levando a cabo a concretização do sonho do Criador sobre a criatura.” (Cf. Novas Vocações para uma nova Europa, 7).
 
Qualquer vocação deve surgir de um desejo profundo em amar, em projectar-se para além das próprias necessidades e desejos, na abertura e serviço aos outros e com sentido de comunidade. É, pois necessário vencer a tentação do egoísmo que cerra os olhos e o coração às realidades exteriores, na ilusão de buscar a felicidade onde realmente não se encontra. E finalmente decidir-se, dar o passo, pois a indecisão vocacional prolongada é factor de perturbação e inquietude.
 
Para o crente e à luz da fé, só Deus Criador e Salvador, possui a força de chamar a uma maior plenitude de vida e esperança; Este chamamento é manifestamente claro e concreto no testemunho e no convite feito em Seu Filho Jesus que tem o poder de “criar novos céus e nova terra”, contando com a insubstituível colaboração e resposta pessoal de cada um dos discípulos (Mt. 28, 18-20).
 
 
III
 
 
4        Vocação do cristão- seguir Jesus
 
Para o cristão, ser feliz é então procurar acertar cada dia o passo com Cristo, pois só Ele é o verdadeiro Mestre que Se revela como a Verdade capaz de entender a nossa verdade e de a iluminar segundo a Sua Luz: “Na realidade, o mistério do homem só no mistério de Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente... Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime.” (GS 22)
 
É o Espírito de Deus que abre o caminho para respostas corajosas, positivas e generosas que vencendo hesitações e adiamentos, incertezas e temores capacita para a disponibilidade: “Senhor, eis-me aqui, podes enviar-me!” citação?
 
O convite do Senhor é para todos, para que a partir das características individuais possam voar mais alto, com confiança, apoiados na sua presença fiel e misericordiosa:
-         Vai envio-te;
-         Sê vista para os cegos...
-         Ser comunicador de esperança num mundo onde há imenso desespero e frustração,
-         sê homem de gratuidade num mundo onde tudo se vende e se compra...
 
A decisão livre e pessoal que se pauta pelo seguimento de Jesus é força motriz que conduz a vida do jovem cristão comprometido.
 
Nas sendas do Mestre, o discípulo vencerá os obstáculos que escurecem por vezes o caminho. Confiado na sua mão Ele poderá dizer como S. Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” e experimentar que a vida que vem de Jesus é abundante como Ele mesmo prometeu: Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo. ). O que significa que Jesus é oferta de vida, real e abundante, de felicidade douradora e autêntica.
 
 
 
5        Seguimento e serviço
 
 
Mas é preciso descobri-Lo, prosseguir os seus passos, entrar em diálogo íntimo com a sua Pessoa e não ter medo de O anunciar, proclamando com a vida a libertação que Ele viveu e propôs no seu caminho de serviço incondicional e dirigido preferencialmente aos mais pobres: “Todo Aquele que quiser tornar-se grande entre vós, faça-se vosso servo.”(Mt 20, 26).
 
O serviço aparece na Igreja primitiva como algo constitutivo da sua estrutura (cf.     )
É nesta linha que o crente ao viver a vida nova em Cristo, é chamado a ser testemunha de liberdade e agente de libertação para os homens. Trata-se do serviço da caridade, cujas possibilidades de expressão não têm limites, concretizando-se através da diversidade de vocações e carismas (1Cr. 12, 4; Ef. 4, 11), porque animado pelo Espírito de Deus que dá vida.
 
Nesta linha a vivência autêntica e consciente da vocação é sempre caracterizada pela abertura a horizontes e realidades novas, criando e recriando motivações, capazes de oxigenar a vida e favorecer a unificação da pessoa orientando-a para Deus e para os outros.
 
 
Trabalho pessoal e possível partilha de grupo
 
Importa que cada um se pergunte:
 
-         O que é que eu procuro neste mundo?
-         Em que quero empregar a minha vida?
-         O que é que Deus deseja de mim?
-         Qual é O seu projecto sobre mim?
 
 
 
Para terminar: Cântico 7 – Ser Farol
 
O Espírito de Deus desce sobre nós,
Vem e renova todo o nosso ser,
Ele é Luz que nos faz ver.
Entrega-te e vê o sinal que Ele quer dar
Também tu és chamado a cativar.
Tu és fruto que há-de dar,
És água viva a jorrar.
 
            Refrão: Já pensaste que Cristo precisa de ti
Já pensaste, já pensaste?
            Já pensaste que Cristo precisa de ti
Das tuas mãos, da tua boca do teu coração.
 
Tu, que possuis o dom da Esperança,
Faz com Cristo uma aliança,
Crê que Ele é o Salvador.
Tu, que és jovem e exultas de alegria,
Quando Cristo penetra na tua vida,
Vai com ele anunciar
A mensagem que quer dar.
 
Faz nos outros a tua descoberta
Tu és apóstolo, anuncia a tua meta, faz no outro a bondade.
Dá a mão ao pobre, ao oprimido,
Cura os enfermos, liberta os cativos,
Cristo em ti Se revelou,
Teu coração cativou.
 
(Letra e música: Víctor Pereira)

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publicado por Padre às 01:51
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